Cinco presos foram mortos durante as rebeliões que depredaram penitenciárias na Região Metropolitana de Fortaleza. Dois deles ainda não foram identificados.
O Batalhão de Choque confirmou, na manhã de segunda-feira (23), a fuga de alguns detentos durante a madrugada, mas não soube informar quantos. Agentes penitenciários falam em cerca de 50 fugitivos.
Pneus queimados e bloqueios na rodovia BR-116, que dá acesso ao complexo prisional de Itaitinga, a 32 km de Fortaleza. Mulheres de detentos protestaram contra a suspensão das visitas nas penitenciárias onde houve rebeliões no fim de semana.
A confusão começou no sábado (21), quando agentes penitenciários entraram em greve. Presos se rebelaram em cinco unidades prisionais da Região Metropolitana. Houve quebra-quebra e presos queimaram colchões e cadeiras.
Dois detentos foram mortos no sábado (21) em uma das quatro unidades de Itaitinga. Outros três foram mortos no domingo (22) na unidade de Caucaia.
Os agentes penitenciários encerraram a greve depois de um acordo com o Governo do Estado. A Secretaria de Justiça do Ceará ainda vai calcular os prejuízos causados pelas rebeliões, mas classificou a situação como um dano irreparável ao estado. Não há previsão de que os presos sejam transferidos para outras unidades.
“O Ministério Público do Estado do Ceará já saiu com nota dizendo que vai instaurar inquérito para apurar as reponsabilidades”, afirmou Hélio Leitão, secretário de Justiça do Ceará.
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