terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Imagens fortes de mãe estrangulando filho compartilhados nas redes sociais, estão sendo investigados pela polícia 29.12.15 AFRANIO SOARES SEM COMENTÁRIOS

Dois vídeos que circularam pelas redes sociais desde o último domingo geraram revolta entre os internautas. As imagens mostram uma mulher aparentemente estrangulando uma criança que, sem ar, tenta gritar, chora, e chega a ficar roxa. E para indignar ainda mais, a suspeita de torturar o menino de três anos é a própria mãe, de 21 anos. Depois da repercussão que os vídeos provocaram, ela se apresentou na Delegacia do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), na tarde de segunda-feira (28). Seu advogado, Cleyson Landucci, afirmou para a imprensa que as imagens que circulam pela internet seriam montagens. De acordo com a delegada Lucy Santiago, responsável pelo caso, o Nucria assumiu as investigações após informações repassadas por um investigador. “Assim que tivemos ciência do caso iniciamos procedimentos e diligências. Em princípio estamos investigando crime de tortura nesta situação”, afirmou a delegada. Questionada se pediria a prisão preventiva da suspeita, a delegada afirmou ser cedo para se posicionar sobre o assunto. “Estamos avaliando ainda se faremos esse pedido. Temos de esperar o decorrer das investigações”, afirmou Lucy, apontando ainda que os vídeos são contundentes. “Eu creio que o vídeo , sim, é contundente para as investigações”. A criança de três anos que aparece sendo esganada nos vídeos ainda não sabe com quem ficar. Ela morava com a mãe até cerca de 15 dias atrás, quando passou a morar com o pai. Ele, no entanto, não possui autorização judicial para permanecer com a criança. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a tendência é que o Conselho Tutelar decida ainda com quem a criança vai ficar. O caso — O pai da criança e ex-namorado da suspeita da agressão, Paulo Braz Machado, de 22 anos, afirma que a mulher teria começado a ameaçar o próprio filho e a ele há cerca de duas semanas. Segundo ele, o casal se separou faz um mês e meio, mas ela não aceitava o fim do relacionamento. “Ela usa a criança para fazer chantagem, me manda mensagem dizendo que, se eu não voltar, ia matar o menino, ia me matar e até minha família”, relatou o homem, que chegou à delegacia logo após a ex-pareceira se apresentar acompanhada por parentes e pelo advogado. Ainda segundo Paulo, os primeiros vídeos em que a ex-companheira aparecia torturando a criança lhe foram enviados no sábado retrasado. As imagens foram encaminhadas para familiares dela, que então concordaram em deixar a criança com o pai embora a guarda fosse da mãe. Ele então pegou a criança, enquanto a família da mulher teria prometido interná-la, conta. Espontâneo — A mãe que estrangula a criança em vídeo que viralizou na internet chegou ao Nucria espontaneamente no começo da tarde de segunda com a irmã, o avô da criança e a tia da criança, e o advogado. Nos vídeos que circulam pelas redes sociais, principalmente WhatsApp, a mulher sufoca a criança, que passa mal. O pai fez Boletim de Ocorrência (BO), o caso seguiu para o Nucria por se tratar de violência contra a criança. Segundo a delegada Lucy Santiago, do Nucria, não serão divulgadas informaçõe sobre o caso, "principalmente porque envolve uma criança”. 

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