segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CRIMES PASSIONAIS EM QUEIMADAS E ESPERANÇA: SAIBA QUAIS AS ALEGAÇÕES DOS ACUSADOS PARA JUSTIFICAR OS HOMICÍDIOS

Dois crimes (homicídios) passionais chocaram as cidades de Queimadas e Esperança recentemente.
Os protagonistas são casais desconhecidos, mas pelas circunstâncias de que como tudo ocorreu, tornaram-se o foco do noticiário policial.
Em Queimadas o marido matou a mulher com vários golpes de faca e disse que faria tudo novamente, pois estava sendo traído.
Em Esperança a mulher tramou a morte do marido e "contratou" um amigo para assassiná-lo.
Ela alegou que já não aguentava mais conviver com o companheiro que sempre lhe ameaçava de morte, porém estava arrependida.
Ele foi assassinado com golpes de faca e tiros.
Nos dois casos os acusados foram presos preventivamente pela polícia civil em cumprimento a mandados judiciais.
OS MOTIVOS DOS CRIMES, SEGUNDO OS ACUSADOS*
EM QUEIMADAS
(Josimar assumiu que matou Sandra)
Josimar Pereira da Silva, o “cego”, foi preso no último dia 23 e assumiu que matou esposa, Sandra Serafim de Oliveira, no dia 03 de novembro com golpes de faca.
Agentes da polícia civil e o delegado Ramirez São Pedro realizaram a prisão.
“Ele confessou o crime, não mostra arrependimento. Ele alegou que estava sendo traído pela Sandra e por isso ‘teria o direito de assassiná-la’; Também não demonstrou arrependimento de ter esfaqueado a enteada, pois segundo ele, a jovem o teria agredido com uma garrafa de vidro na cabeça no momento em que matava a mãe dela”, disse o delegado Ramirez.
O policial acrescentou que “na verdade foi um motivo fútil. Familiares e parentes dela negam essa alegação de Josimar. Ele é um ébrio, vivia embriagado e nesses momentos de constante embriaguez agredia fisicamente a Sandra na frente dos filhos e os obrigava a ingerir bebia alcoólica”.  
Josimar foi preso num matagal.
(Sandra: assassinada com golpes de faca)
“Desde o dia do crime Josimar se homiziou na mata, na região de Queimadas. Ele conhecia a região: nasceu e cresceu por lá. Ele ficava visualizando a chegada de pessoas e veículos estranhos. Durante o período em que ficou escondido, ele praticou pequenos furtos e exigiu alimentos dos moradores. Ele não resistiu à prisão. Nestes dias ele disse que dormiu na mata. Para evitar ser picado por animais peçonhentos amarrava sacos plásticos nos pés; Se alimentava de arroz cru humedecido, fubá, açúcar e água”.
Sandra deixou oito filhos menores e uma neta.
Josimar é pai de apenas um deles.
EM ESPERANÇA
(Edivaldo acusado de matar a mando de Adriana)
Policiais do Núcleo de Homicídios, comandados pelo delegado Jorge Luís, prenderam quarta-feira (25) Adriana Lourenço da Silva e Edvaldo Cavalcante da Silva, o “gazinho”.
Adriana é acusada de mandar matar Adeilton Afonso de Oliveira, que era marido dela na noite de 13 de novembro e “gazinho” se encarregou de executar o pedreiro com golpes de faca e tiros de revólver.
O valor do crime foi acertado em “10.000,00 reais”.
A versão de Adriana é de que ela descobriu que era traída pelo marido e queria a separação, pois não aceitava essa situação.
Ela disse ao delegado Jorge Luís que “sempre pedia a separação, mas ele me dizia que se eu o deixasse, ele me matava”.
Caiu por terra uma versão de latrocínio (matar para roubar).
Até uma TV desapareceu da casa (que estava toda revirada na noite do crime).
Sobre o caso, quem falou com a reportagem foi o delegado Henry Fábio.
“Desde o momento em que foi feito o local de crime (PC e IPC), constataram-se algumas incongruências entre o depoimento de Adriana, em desacordo com o depoimento de outras testemunhas. Foi feita uma investigação bastante minuciosa conduzida pelo Núcleo de Homicídios. Com base nestas investigações e provas, Adriana confessou o crime ao delegado Jorge Luís. Ela afirmou que tramou e arquitetou o crime e indicou ‘gazinho’ como o homem que executou Adeilton. Inclusive ela afirmou que iria compensar ‘gazinho’ com a quantia de ’10.000,00 reais’ em dinheiro”.
(Adeiltron: vítima de faca e tiro)
Em depoimento, Adriana alegou, segundo o delegado que “o motivo seria uma briga familiar; a tentativa da esposa de querer se separar; a negativa do marido em aceitar essa separação; e, segundo ela, as constantes ameaças de morte que Adeilton fazia caso ela levasse a frente essa ideia de separação”.
O delegado contou ainda que no depoimento a mulher diz que “se vendo acuada e amedrontada, planejou este crime”.
COMO A POLÍCIA DESMONTOU A TESE DE LATROCÍNIO (MATAR PARA ROUBAR)
“A morte com faca e ao mesmo tempo com tiro, fica meio desconcertante no panorama do latrocínio. Então pareceu, desde o primeiro momento para os investigadores, que aqueles golpes de faca foram desferidos como forma de um sentimento mais pessoal, do que um latrocínio”, informou o policial.
Henry Fábio concluiu dizendo que  “ela se mostrou arrependida e mostrou compelida a planejar tal homicídio em virtude das ameaças que vinha sofrendo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário